A Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) realizou um estudo em escala global para testagem de um supertratamento para indivíduos infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) com objetivo de encontrar a cura para síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids).
A pesquisa foi realizada com 30 voluntários com carga viral indetectável em uso de tratamento padrão (com uso de antirretrovirais – coquetel); os voluntários foram divididos em seis grupos recebendo diferentes combinações de remédios além dos de uso para tratamento padrão.
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Os pesquisadores apontam que a pesquisa trabalha para duas direções de cura para a Aids, uma que elimina as células do HIV em sua fase de replicação e eliminam as células do HIV em sua fase de latência, e a outra, no desenvolvimento de uma vacina, que leva o sistema imunológico a eliminar as células infectadas onde o fármaco não é capaz de alcançar.
Os melhores resultados apresentados na pesquisa foram os do grupo que receberam além do tratamento padrão, mais dois antiretrovirais, dolutegravir e maraviroc. Outras substancias que obtiveram destaque na pesquisa foram nicotinamida através da vitamina B3, e auranofina (sal de ouro). A vacina desenvolvida pelos pesquisadores foi feita através de células dendríticas, fabricadas a partir de monócitos e peptídeos do vírus do próprio paciente.
Um paciente brasileiro de 34 anos infectado com HIV desde 2012, há mais de dois anos após ser submetido a presente pesquisa, não demonstra mais sinais do vírus. O tratamento passou receber novas medicações como a nicotinamida (forma da vitamina B3); o tratamento após ser interrompido por 13 meses, depois de mais 11 meses o DNA de HIV das células do paciente continuava negativos. Os pesquisadores apontam que outros quatro pacientes que receberam o mesmo tratamento não tiveram os mesmos efeitos positivos. No entanto, estes dados colaboram para que os estudos deem andamento para encontrar a cura da Aids.
Fonte: Correio Braziliense e UNIFESP