Literatura Acessível

O projeto traz uma proposta de multiplicidade, estimula o protagonismo da diversidade e propõe discussão saudável, na perspectiva inclusiva, dentro e fora das escolas.

Este projeto nasceu e foi idealizado através da inquietação de uma das autoras, a Carina Alves, quando em sua banca de defesa da dissertação de mestrado ela foi indagada sobre o que faria com as histórias contadas em sua pesquisa. Ela sem ter pensado nisso se surpreendeu e começou a pensar. Uma das doutoras da banca disse:

“Pense nas crianças, a base da nossa educação precisa saber e aprender mais sobre a diversidade humana”.Professora Dra. Marcia Campeão.

Isso, em 2014 quando Carina saiu desta banca inquieta pensando o que fazer e teve a ideia de escrever para crianças. Ainda em 2014, ela escreveu e publicou a primeira história : A Menina que perdeu a perna. Em 2015 ganhou fôlego para, no ano dos Jogos Rio 2016, lançar a segunda história: O Menino que escrevia com os pés, já em um formato mais amplo, pois contemplou também a versão em libras e o multilinguismo, em português e alemão, pensando nos filhos de refugiados de guerra.

Ainda em 2016, Carina viajou a trabalho com sua parceira Mari Meira e lá tiveram a ideia de mais um livro. Foi quando numa estação de trem em Coimbra, em Portugal elas escreverem A Princesa que Tinha um Cromossomo a Mais. Lançaram o livro em 2017.  Com o sucesso e a vontade de dizer para o mundo que a diversidade humana existe e precisa ser compreendida e respeitada, surgiram mais ideias: “Se estamos escrevendo sobre pessoas que têm alguma característica, alguma deficiência, temos que pensar mais em acessibilidade. Queremos que todos e todas tenham a possibilidade de ler todos os nossos livros”. E aí surge a necessidade em ampliar os mecanismos de acesso, quando pesquisando, em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria, em Portugal, foi possível pensar nas versões em pictograma. Através da incansável pesquisa, veio a ideia do braille e da audiodescrição, além de libras. Sem recursos naquele momento, o projeto começou a buscar possibilidades de torná-lo em multiformato, uma realidade.

Em 2018 submeteram o projeto na Lei de Incentivo a Cultura. O projeto foi aprovado e agora estão aqui contando essa história para vocês. Este ano, farão o lançamento da quarta história: O Melhor Amigo da Bengala, além do lançamento de todos os livros em multiformato (braille, libras, pictogramas e audiodescrição) e multilinguismo (português e alemão).

Para ter acesso aos livros, clique aqui.

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

O Projeto Literatura Acessível está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, também conhecidos como ODS, que foram estabelecidos em 2015 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Os ODS foram ratificados por todos os países da ONU e entraram em vigor no dia 1º de janeiro de 2016, tendo como prazo o ano de 2030 para serem implementados. São 17 Objetivos e 169 metas que envolvem temáticas como: a erradicação da pobreza, igualdade de gênero, redução de desigualdades, segurança alimentar, energia, saneamento, mudanças climáticas, entre outras.

Os temas abordados nos livros e as ações do projeto se alinham com os objetivos 4 e 5 da ODS. O Objetivo 4 é assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. E o quinto objetivo é alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.

Fonte: Literatura Acessível

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