Cartilha virtual desenvolvida na USP Ribeirão ajuda a enfrentar o estresse e o medo durante a pandemia

A pandemia de Covid-19 causa impactos graves na humanidade, deixando sequelas econômicas, físicas e, principalmente, emocionais. Para ajudar pessoas comuns no enfrentamento de crises nervosas e de ansiedade, uma equipe da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP desenvolveu a cartilha eletrônica Promoção da Saúde Mental em Pandemias e Situações de Desastre.

Com uma linguem mais próxima ao leitor, o material foi pensado para incentivar o autoconhecimento, o reconhecimento das próprias emoções e as das pessoas próximas, além da busca por ajuda profissional, caso necessário. Com textos simples e ilustrações, a cartilha oferece ferramentas práticas para auxiliar as pessoas a lidar melhor com o estresse e o medo, principalmente em períodos marcados por desastres e pandemia. O objetivo é amenizar sofrimentos e os impactos negativos que podem ter repercussões a curto, médio e longo prazo.

As ferramentas servem tanto aos que se sentem afetados psicologicamente quanto para orientar primeiros socorros a pessoas próximas necessitadas de apoio. Como um manual, a cartilha indica maneiras de reconhecer sentimentos negativos e necessidades de um indivíduo, de incentivá-lo a falar sobre o que sente e de motivar a procura de um profissional psiquiátrico.

Cada capítulo apresenta uma ferramenta diferente, abordando resiliência, autoconhecimento, cultivo de emoções positivas e resolução de problemas. No conjunto, “a cartilha ajuda o leitor no processo de recuperação de sua saúde mental”, afirmou a professora da EERP Kelly Graziani Giacchero Vedana, responsável pelo desenvolvimento do livro eletrônico, em entrevista ao Jornal da USP em Ribeirão.

A professora Kelly também conta que, após poucos meses do início da pandemia, percebeu a necessidade da população de materiais que servissem de auxílio no enfrentamento de crises. Como sabia da existência de manuais e cartilhas com o mesmo intuito, decidiu buscar algo com uma linguagem mais próxima do leitor, que se comunicasse de maneira mais informal e íntima. “Nós queríamos trazer uma contribuição diferente”, afirma Kelly, dizendo que o material deveria passar uma sensação de leveza e apresentar “ferramentas que assistissem o leitor a lidar com algumas situações de maneira melhor durante o período de quarentena”. 

Ajuda profissional é necessária

Apesar da cartilha ser apresentada como auxílio para autopercepção de emoções, com recomendações sobre o tratamento da saúde mental, seu objetivo não é substituir a ajuda profissional, “ela complementa e facilita a compreensão sobre saúde mental”, acrescenta a professora. Ao final do material, o leitor encontra números de telefone que podem ser úteis durante o tratamento.

Para promover a cartilha, a EERP vem realizando oficinas e palestras virtuais que apresentam algumas das estratégias contidas no material para os profissionais e para o público. Essas informações também podem ser encontradas na página do Facebook do Centro de Educação em Prevenção e Posvenção do Suicídio (CEPS).

Fonte: REVIDE

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