O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa sem cura que afeta a cognição e a memória, dificultando atividades diárias e ocasionando alterações de comportamento em quem sofre do problema. Segundo a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), há cerca de 1,2 milhão de brasileiros acometidos pela doença. Uma mensagem que circula pela internet traz uma boa notícia: o Sistema Único de Saúde (SUS) está distribuindo um adesivo que ajuda no tratamento.
De acordo com o Ministério da Saúde, o remédio, chamado de rivastigmina, está disponível em unidades de saúde de todo o país. Trata-se de um anticolinesterásico, que possibilita o aumento de uma substância neurotransmissora chamada acetilcolina – em quantidade reduzida no cérebro de quem tem Alzheimer – que atua na transmissão dos impulsos nervosos.PUBLICIDADE
Anteriormente, a rivastigmina já era oferecida à população em sua forma oral, entretanto, causava desconfortos em alguns pacientes, como náuseas, vômitos e diarreia. A fim de reduzir estes efeitos, a nova apresentação do medicamento foi incorporada no SUS.
— Ele é indicado para pacientes que têm efeitos colaterais ao tomar a medicação via oral. Esta apresentação também é vantajosa para o cuidador, que terá certeza de que o remédio está sendo disponibilizado para o organismo do paciente. Fica mais fácil, considerando que existem casos em que o paciente se nega a tomar os comprimidos, torna-se agressivo ou cospe a pílula _ explica a neurologista e professora da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)Liana Lisboa Fernandez.
O adesivo tem uma duração de 24 horas, portanto, deve ser trocado quando o período se encerra. É importante ficar atento ao local em que ele será aplicado, para evitar reações alérgicas ou então o descolamento do mesmo, conforme indica Lucas Schilling, neurologista da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS):
— A recomendação é fazer um rodízio de pontos de aplicação, sempre escolhendo locais de superfície lisa, como tórax ou dorso.
Saiba mais
- Para ter acesso ao medicamento, os pacientes devem atender aos critérios de elegibilidade dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas, apresentando os documentos necessários: cópia do Cartão Nacional de Saúde (CNS), cópia de documento de identidade, laudo para solicitação, avaliação e autorização de medicamentos (LME), adequadamente preenchido por especialista, prescrição médica, documentos exigidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados pelo Ministério da Saúde, conforme a doença e o medicamento solicitado, e cópia do comprovante de residência.
- Além da rivastigmina, o SUS também disponibiliza outras medicações para o tratamento de Alzheimer: a donepezila e a galantamina, com atuação semelhante na acetilcolina, e a memantina, que é indicada para fase moderada ou grave e atua no glutamato, outra substância produzida pelos neurônios.
Fonte: Gauchazh
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