Caso de gêmeos em que um dos bebês teria nascido com microcefalia e outro não fizeram com que pesquisadores da USP e do Instituto Butantan estudassem o caso para obter mais informações sobre a penetração do vírus sobre a placenta.
Os resultados observados indicaram que os gêmeos estudados que não desenvolveram a doença, produziam mais quimiocinas do que os infectados, ajudando a se protegerem da infecção pelo vírus. As quimiocinas são um grupo de citocinas presentes no sangue, responsáveis por recrutar as células do sistema imune (nossas células de defesa).
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Em outra etapa da pesquisa, pôde ser observado que na análise das moléculas de RNA dos gêmeos, houve diferença entre os trofoblastos dos gêmeos afetados pelo zika vírus e os que não foram infectados. Os trofoblastos são um conjunto de células que contribuem para a formação da placenta e ajudam o processo da implantação do embrião no útero.
Com os resultados da pesquisa, os cientistas concluem que a placenta desempenha um papel protetor do feto, porém existem fatores que os deixam suscetíveis que contribuem para a infecção pelo zika vírus.
Fonte: Jornal da USP