Você sabe identificar quando uma ferida está piorando? Se a resposta for não, leia esse post que nós te explicamos!

As feridas crônicas são aquelas que demoram mais de 12 semanas para cicatrizar, as vezes levam anos. Você sabe avaliar se ela está evoluindo bem?

Todos nós já tivemos em algum momento da vida uma lesão de pele seja um corte com faca na cozinha, uma queimadura no fogão dentre inúmeras outras situações cotidianas que levam a provocar uma lesão. Ainda tem as feridas operatórias e as que podem estar associadas a problemas de saúde, por exemplo, se a pessoa sofre um derrame ou AVC (acidente vascular cerebral), a falta de movimentação e sensibilidade elevam o risco de ocorrência de lesão de pele, chamada Lesão por Pressão. Também as pessoas com diabetes e aquelas com problemas circulatórios podem ter feridas nos pés e/ou nas pernas. Essas lesões são de difícil cicatrização e demoram mais tempo pra fechar.

Existem sinais e sintomas que podem estar relacionados a piora da lesão e, portanto, se faz necessária avaliação com profissionais da saúde para o tratamento da lesão. É importante entender que o tratamento da pessoa com lesão é feito de acordo com avaliação da ferida e da pessoa, portanto o tratamento que foi realizado em uma pessoa pode não ser adequado para a outra.

Mas afinal, a quais sinais devemos estar atentos quando temos uma lesão?

Dor: Aparecimento da dor ou aumento da intensidade.

Hiperemia: Pele avermelhada e quente ao redor do leito da lesão.

Exsudato: Aumento na quantidade secreção da ferida e parecido com pus.

Dificuldade na cicatrização: A ferida não fecha ou aumenta de tamanho, mesmo seguindo as orientações dos profissionais.

Odor: Em muitos casos o surgimento do chamado “cheiro ruim” associado a dor são os fatores que mais incomodam e podem indicar infecção.

Tipo de tecido do leito da lesão: Mudança na coloração do tecido presente no leito da lesão pode estar associado com piora do quadro.

O tecido considerado saudável é vermelho vivo, brilhante.

Fonte: Acervo particular da Profª  Drª Maria Helena Larcher Caliri( Imagens de livre acesso disponível em: http://eerp.usp.br/feridascronicas/estudos_caso.html)

A presença de tecido preto ou amarelado são indicativos de piora da lesão.

Fonte: Acervo particular da Profª  Drª Maria Helena Larcher Caliri ( Imagens de livre acesso disponível em: http://eerp.usp.br/feridascronicas/estudos_caso.html)
Fonte: Acervo particular da Profª  Drª Maria Helena Larcher Caliri( Imagens de livre acesso disponível em: http://eerp.usp.br/feridascronicas/estudos_caso.html)

Caso além dos sintomas locais a pessoa apresente mal estar, inapetência e febre, deve-se procurar o serviço de saúde para avaliação detalhada do quadro o mais rápido possível.

A avaliação e o acompanhamento da evolução da ferida pelo profissional de saúde são fundamentais!

Referências (saiba mais)

Associação Brasileira de Estomaterapia SOBEST – GUIA DE BOAS PRÁTICAS –  2016, disponível em: https://sobest.com.br/wp-content/uploads/2020/10/Preparo-do-leito-da-ferida_SOBEST-e-URGO-2016.pdf

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Manual do pé diabético: estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. 62 p. Disponível em: http://www.as.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2016/06/manual_do_pe_diabetico.pdf. Acesso em: 14 set. 2021.

Conselho Federal de Enfermagem – COFEn – RESOLUÇÃO COFEN Nº 567/2018 – disponível em:http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofenno-567-2018_60340.html

Coutinho Júnior NFL; Bezerra SMG; Branco NFLC; Carvalho MRD; Rocha Júnior K; Ferreira LFO; Rocha ESB. Ferramenta TIME para avaliação de feridas: concordância interobservador. ESTIMA, Braz. J. Enterostomal Ther., 18: e 1720, 2020. https:// doi.org/10.30886/estima.v18.875_PT

Autores:

Janderson Cleiton Aguiar. Enfermeiro Estomaterapeuta, Doutorando pelo Programa de Pós Graduação em Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto – EERP USP. http://lattes.cnpq.br/1227295880162203

Soraia Assad Nasbine Rabeh Enfermeira. Doutora. Professora na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP. http://lattes.cnpq.br/2277806195411140

Fabiana Faleiros Santana Castro: Enfermeira. Doutora. Professora na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP. http://lattes.cnpq.br/8991651738080247

Marislei Sanches Panobianco, Enfermeira Doutora. Professora na Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP. http://lattes.cnpq.br/4340382197424634

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